Novembro Guerreiro.


                         
                         

  "Tire o seu preconceito do caminho que eu quero passar com a minha cor" é com esta frase de Georges Najjar Jr, que a agenda cultural soteropolitana, de novembro, demonstra todo o seu orgulho em ser uma das cidades mais negras do mundo, contendo diversos eventos que exaltam a beleza e a riqueza da cultura negra, já que, no dia 20 comemora-se a PLENA consciência de um povo guerreiro e vitorioso.
   O evento de destaque deste mês é o Festival A Cena Ta Preta- Ano IV na afirmação do artista negro, que tem como objetivo fortalecer, estimular e divulgar a criação artística, que tenha como base a cultura afro-brasileira. O festival é gratuito, e este ano abre espaço para mostras audiovisuais, musicais, cênicas e da literatura negra, acontece entre os dias 9 e 18, no teatro Vila Velha. Também este mês, no dia 20 ás 14h30min na biblioteca Juracir Magalhães Jr, um Recital de Poesias Negras Brasileiras, o poeta Carlos Barreto, declama poesias de poetas negros, que muito contribuíram para a literatura brasileira.
   Na parte musical, temos o Música no áudio: Novembro Negro, um projeto que homenageia os artistas negros que marcaram a história da música baiana, e que acontece durante todo o mês, sempre ás 18h na biblioteca pública,a entrada é franca. Para quem gosta de música, teatro, dança e artes visuais e deseja ver tudo isso junto, a sugestão é o show dos Performáticos Quilombo dia 17 ás 20h na Varanda do Sesi – Rio Vermelho. E para aqueles que já estão em ritmo de carnaval, no dia 14 ás 23h, no Burburinho- Pituba,acontece o Bailinho de Quinta, um carnaval fora de época que junta as antigas marchinhas em um moderno ritmo, de forma alegre e divertida. Já quem quer curtir uma agitação ainda maior, a pedida é o show de Jorge Bem Jor e Jau, que acontece dia 23 no Bahia Café Hall.
    Nas artes visuais, temos o Dia da consciência negra: Ser livre, Viver livre, Morrer Livre mostra que foca fatos que enriquecem a memória de um povo que construiu sua consciência através de lutas de resistência, e estará exposta durante todo o mês de novembro na Biblioteca pública. Temos também a exposição Cultura Negra e suas Belezas, que expões quadros de arte francesa, destacando a beleza negra, e de autoria da artesã Maria José Leal, esses quadros poderão ser vistos na Biblioteca Juracyr Magalhães Jr, durante todo o mês, de segunda a sexta.
   Para o teatro a pedida é a peça Quilombo Aruá, que conta a história de uma remanescente quilombola enfrentando uma sociedade dissimulada e oportunista, todo este enredo pode ser assistido no Teatro Sesi – Rio Vermelho dia 14, ás 20h. Outra boa pedida é o novo espetáculo do Bando de Teatro Olodum, Dô, o espetáculo de dança é um diálogo entre a contenção da arte japonesa e a explosão de energia afro-baiana, esse mix pode ser conferido dia 30, na sala principal do Teatro Vila Velha.
   No cinema, a grande pedida é conhecer um pouco mais sobre a música brasileira, 2 filmes em cartaz, destacam grandes artistas do nosso país, são eles Tropicália,que é uma análise sobre o importante movimento musical homônimo, liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil no final dos anos 60. E Gonzaga de Pai pra Filho, que conta a história de um pai e um filho, dois artistas, dois sucessos, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha.
   A dica final do NPC é para no dia 20, todos fazerem uma reflexão do que esse dia representa, e BANIR qualquer espécie de preconceito que ainda possa existir. VIVA O ZUMBI DOS PALMARES!

Fontes:
·        http://www.ibahia.com

Descrição para a imagem:
Junção de Vários rostos negros, exaltando os mesmos, e com os dizeres de Salvador negro amor.


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Dez dicas para empreender na cultura




1- Planeje as ações 

O ciclo da produção cultural demanda tempo, da ideia para viabilização do projeto temos que passar por várias fases. O ideal é trabalhar com antecedência para que todas as fases sejam bem executadas e se tornem viáveis. Faça um plano anual com os projetos que serão desenvolvidos.


2 - Faça um bom projeto

Na elaboração do projeto apresente a imagem da instituição com credibilidade e escolha três motivos principais que provam a viabilidade do projeto. Informe, no mínimo, a estrutura básica de um projeto: apresentação (o que), justificativa (porque), objetivo (para que), metodologia/ estratégia (como), recursos (com que e com quem) e orçamento (quanto). É importante que na elaboração do projeto seja previsto o formato de prestação de contas aos parceiros e investidores.
3 - Tenha acesso às Leis de Incentivo

Os enquadramentos de projetos nas Leis de Incentivo culturais, municipais, estaduais e federais facilitam a captação de recursos, com o patrocínio das empresas. Muitos editais de empresas exigem que o projeto esteja enquadrado nas leis de incentivo.

4 - Esteja sempre bem informado 

Faça parte das redes de informação cultural. Por meio de boletins tem-se acesso aos editais e financiamentos do setor cultural.


5 - Prospecte patrocínios culturais

Antes de apresentar um projeto à empresa procure conhecê-la antecipadamente, informe-se sobre as ações culturais desenvolvidas e os tipos de projetos por ela patrocinados. Quanto mais a proposta se identificar com esse perfil, mais chance terá de ser patrocinada. Apresente com clareza os retornos gerados pela realização do projeto. Após a realização, apresente um relatório detalhado sobre a execução, público atingido, repercussão, publicidade e tudo o que foi gerado de mídia espontânea, com o intuito de sedimentar a credibilidade e criar um canal para futuros apoios.

6 - Dimensione o local da ação cultural

O produtor cultural deve conhecer o local do evento com antecedência, vendo suas condições para projetar as necessidades. O produtor é responsável por todos os acidentes que eventualmente ocorram nas dependências onde se realiza o evento, de forma que responderá civil e criminalmente na hipótese de dano ou morte de qualquer pessoa do público ou mesmo contratado por terceiros.

7 - Conheça as normas do setor
Os shows musicais são liberados pelo Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais (Ecad). É aconselhável procurar com antecedência o órgão, que tem poderes legais para impedir a realização de um show. Os textos teatrais deverão ser autorizados pela Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT). É um direito do autor permitir a montagem da sua obra e receber por ela. Eventos que interfiram na vida da cidade devem solicitar autorização e apoio dos órgãos públicos. A relação estabelecida entre o público e o produtor cultural é regida pelo Código de Defesa do Consumidor.

8 - Exercite a cooperação

Na cultura não se trabalha sozinho. Ter uma rede de contatos e um grupo de trabalho é importante para o sucesso do projeto. Faça uma agenda de contatos com telefone e e-mail de todas as empresas, artistas e produtores do meio cultural.  Em muitos momentos você terá que recorrer a ela. A integração da equipe é fator importante para o sucesso da ação cultural. Por isso, realizar reuniões sistemáticas para troca de informações é fundamental.


9 - Crie seu kit produtor e seu check list

kit produtor é importante para evitar surpresa no evento. O produtor deverá criar sua check list, um passo a passo das necessidades do evento. Quanto mais rica a check list, menos possibilidade tem de se esquecer alguma coisa importante. 

10 - Atualize-se sempre

As mudanças ocorrem cada vez mais rápidas, novas tecnologias surgem, o que se tinha como certo hoje, amanhã poderá ser diferente. Participe de cursos, seminários, oficinas, assine revistas, jornais do setor. 
 


Fonte: Sebrae/BA

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Acesso à arte do drama.

O Teatro Castro Alves se uniu ao diretor José Possi Neto para a criação de uma oficina de teatro gratuita. O projeto se chama “O trabalho do ator em teatro musical” e já é conhecido em outras regiões do Brasil. A ideia é difundir cada vez mais o estilo de peças musicais na Bahia, já que aqui não é tão comum. A oficina já conta com local e data definidos, ocorrendo entre os dias 18 e 20 de outubro no teatro. Enquanto o período de inscrições está aberto até 15 de outubro no núcleo de teatro do TCA.
O período é curto, mas vale aproveitar a oportunidade já que não é sempre que aparecem grupos promovendo arte grátis para a população. Por isso, projetos como este deveriam ser mais frequentes, pois além de proporcionar lazer e entretenimento, eles se expressam como uma ótima forma de descobrir talentos. Deveriam também ser mais divulgados, ganhando maior espaço nas mídias de massa para que obtivessem um alcance maior perante o público.

Impressionante então como em Salvador haja tão pouco espaço para o teatro. Pouco sim se comparado à música e ao cinema, por exemplo. Juntamente a esta falta de divulgação veio a elitização do teatro e seu acesso se tornou restrito, uma vez que o valor dos ingressos costuma ser caro. Desta forma, o teatro se tornou diversão cultuada basicamente por uma pequena parte da população.
Claro que há grupos que promovem teatro para as camadas mais pobres. Existem vários projetos como o Teatro Gamboa Nova que há anos oferece oficinas gratuitas, mas o alcance ainda é insuficiente. Com isso, o teatro é posto a situação de arte para poucos privilegiados.

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Edital Fazcultura, duvidas?


Entende-se por cultura o conjunto de traços distintivos, materiais e imateriais, intelectuais e afetivos, e as representações simbólicas”, assim se inicia o Artigo 2º da Lei Orgânica da Cultura, presente no Edital do Faz Cultura 2012, e fazendo parte de seu regimento. O edital é composto de diversos regimentos e leis que exigem, das pessoas que estejam buscando inscrever algum projeto, paciência e algum conhecimento prévio sobre tudo aquilo. Desta forma, o NPC vem facilitar a sua vida, Produtor Cultural, pois a nossa missão foi complicada.
A Lei Orgânica se inicia dando uma definição detalhada do que vem a ser cultura e, depois, segue especificando sobre o que é cultura, em nosso país, e no estado da Bahia. Após as explanações, o texto explica o que é o Conselho de Cultura e de que forma ele age na seleção, partindo depois para a explicação da lei em si. Em um resumo rápido, o documento surge em Novembro de 2011, e entra em vigor em Abril de 2012, para defender os patrimônios materiais e imateriais e, faz com que o Faz Cultura 2012 esteja em consonância com as políticas da Unesco que visa proteger os bens materiais (patrimônios) e imateriais (paisagens por exemplo).

O Faz Cultura, em seu edital, ainda conta com três resoluções diferentes, uma datada de 2004, outra de 2007, e a mais recente de maio de 2011, que sofreu mudanças em abril de 2012. Desta forma, as três resoluções são parecidas pela sua estrutura, porem cada uma delas tem sua peculiaridade diferenciada para que se possa trabalhar dentro das normas, além de que, uma delas está relacionada apenas a prestação de contas e ao orçamento. 
O texto divide cada assunto em tópicos: conta bancária, comprovantes de despesas, apresentação da prestação de contas, incidência de tributos e encargos sociais, divulgação e inserção de marcas (onde estão às normas que devem ser seguidas para a publicação da marca Faz Cultura – existe uma publicidade a ser gasta pelo proponente para que divulgue, da maneira correta, o programa), limites e prazos e devolução de recursos. Também deixa especificado que documentos serão necessários para a inscrição de todo e qualquer projeto, bem como todos os formulários que devem ser preenchidos para efetividade e resultados positivos dos projetos. Ainda deixa claro que tipo de sansões, limites ou barreiras existem para cada negócio, e para cada evento, sendo importante assim sua leitura por completo para que nenhum ponto seja esquecido na hora da inscrição e realização.

 Nos registro mais recentes – abril e agosto de 2012 - o texto se inicia como uma apresentação, bem como nos outros, e explicita quais são as necessidades de um proponente e de um projeto para que ele possa ser inscrito no Edital e seguem, no seu decorrer mostrando as condições e particularidades do Programa.

·         • “O valor total a ser patrocinado através do FAZCULTURA não poderá ultrapassar a R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais)”.
·         • O incentivo fiscal é permitido de, no máximo, 80% das finanças, tendo cada proponente a responsabilidade por arcar com os outros 20.
·         • A soma do incentivo fiscal captado por proponente em um mesmo ano fiscal, não poderá ultrapassar a R$ 750.000,00.
·            • As despesas do grupo Divulgação, incluindo gastos com recursos humanos, materiais e serviços previstos para esse fim, deverão obedecer ao limite máximo de 20% (vinte por cento) sobre o  valor  total do grupo Produção, sendo que as despesas com assessoria de imprensa e material gráfico) poderão fazer parte dos custos do grupo Produção e os gastos com o grupo de Administração não podem ultrapassar 15% desses 20% permitidos.
·         A apresentação de projetos implicará na aceitação integral e irrestrita das condições estabelecidas pelo FAZCULTURA, em especial o Decreto 12.901/2011 e esta Resolução.
·      Quando já houver ocorrido a captação de recursos, a alteração do proponente dependerá, ainda, da apresentação de novo Termo de Compromisso de Patrocínio com o proponente substituto.
·         Não será necessária a autorização prévia para remanejamento de valores entre os itens da Planilha Orçamentária de projetos apoiados, dentro do limite de 10% do valor de cada item remanejado, para mais ou para menos, desde que não altere o valor total da planilha de custos aprovada.
·    As solicitações de prorrogação do prazo de  execução do projeto deverão ser acompanhadas de justificativa fundamentada, roteiro de execução atualizado, campo de metas atualizado informando as ações já executadas e as que ainda ocorrerão.

Na resolução de Nº 155, de abril de 2012, ainda há anexos que explicita a documentação necessária para cada tipo de projeto. É importante que mesmo com os resumos, quem tem interesse em se tornar proponente leia todos os documentos pois todos os mínimos detalhes são importantes e podem ser fundamentais.

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Você já conhece o projeto "Produção Cultural no Brasil?"

Produção Cultural no Brasil é um projeto cujo objetivo é tornar público o pensamento e as ações de importantes agentes formadores da cultura brasileira que quase sempre fazem seu trabalho quase sem aparecer. São gestores, produtores, diretores, trabalhadores de bastidor. Para isso, foram realizadas 100 entrevistas. A partir daí foi criado um site e houve criação e edição de 5 livros.
O projeto é uma realização da Casa da Cultura Digital e da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura com execução de responsabilidade da Beijo Técnico Produções Artísticas, Garapa Coletivo Multimídia e Fli Multimídia, em parceria com a Azougue Editorial. O orçamento foi obtido via Cinemateca Brasileira e Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC). Foram 4 meses de gravação no estúdio Cine&Video em Vila Madalena, São Paulo. Foram entrevistados com origens nas cinco regiões do país que lá filmavam para o projeto - dia e noite. São mais de 600 minutos de conversas registradas em vídeo.
Diante das vastas opções, os 100 entrevistados foram escolhidos a dedo para que no projeto houvesse conteúdo com todo tipo de cultura e abordagem. A opção foi misturar universos muito diferentes, como por exemplo: o cineasta Luiz Carlos Barreto, a diretora de Patrocínio da Petrobrás, o produtor musical André Midani e a restauradora de obras de arte Florence de Vera. Também estão na lista os três últimos ministros da Cultura Brasil: Juca Ferreira, Gilberto Gil, FranciscoWeffort,  entre tantos outros.
De setembro a novembro de 2010 foi construído no site um documentário interativo, em 100 capítulos, sobre produção cultural no Brasil. Cada convidado foi entrevistado duas vezes: na primeira, cada um contou sobre sua trajetória, revelou pontos marcantes de sua vida, expôs posturas políticas, explicou seus métodos e objetivos de trabalho.  Estas entrevistas foram publicadas num conjunto de 5 livros que detalha cada personagem e cada detalhe que foi explicado em suas gravações. A segunda entrevista é uma espécie de resumo do universo de cada entrevistado: editadas em vídeos de cerca de 6 minutos, estas é que foram publicadas diariamente a partir de setembro de 2010 no site do projeto e desta forma foram distribuídas, copiadas, reeditadas, remixadas. Os livros com as entrevistas completas tiveram grande tiragem e ao mesmo tempo, estão desde então integralmente disponível para download gratuito no endereço eletrônico.
O projeto é uma provocação a todos que tenham interesse em pensar e produzir cultura no país, e já o façam. De onde partem diversos questionamentos e discussões como, por exemplo, a validação da profissão a partir de sua importância para o país. O site é interessante e, para quem não conhece o projeto, é bastante informativo e auxilia em pesquisas, construção de projetos, conhecimento do que é a Produção Cultural no Brasil. Visite o Site e o Blog. Assista aos Vídeos. Discuta. Entenda.




Fonte: http://www.produtorindependente.com //  http://www.produçãocultural.org.br

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Dicas de Marketing Cultural


O marketing cultural é utilizado pelas empresas para diferenciar a sua marca e agregar valores a ela, além de ampliar as formas de comunicação com seu público-alvo, através de patrocínio à projetos culturais.
Fernando Portella, presidente do Instituto Cultural Cidade Viva, na revista Marketing Cultural Online dá dicas de como apresentar um projeto, o caminho a percorrer, quando procurar as empresas patrocinadoras e muitas outras. Confira:
  • O aumento da venda de produtos com o MARKETING CULTURAL não pode (salvo algumas estratégias específicas) ser medido pelos métodos tradicionais. Por exemplo: o MARKETING CULTURAL permite um grande retorno de mídia espontânea, que medido em valores financeiros, com base na tabela de publicidade dos veículos de comunicação, pode superar em até 10 vezes o valor do patrocínio.
  • Não se pode apresentar um projeto para uma empresa (possível patrocinadora) sem conhecê-la antecipadamente. É preciso saber o que ela faz, o que produz e o que já patrocinou. Este PERFIL DE EMPRESAS PATROCINADORAS vai ajudar você a conhecer melhor as empresas.
  • Todo bom projeto é composto basicamente por: uma apresentação sucinta, uma descrição técnica (como vai ser realizado), um orçamento enxuto, um cronograma de execução e um de desembolso, um currículo dos proponentes e técnicos, uma descrição objetiva dos “retornos propostos ao patrocinador” e anexos (bem escolhidos). Mas um dos elementos principais é a carta de apresentação do projeto, que deve ser personalizada, plenamente identificada com a empresa que se pretende transformar em parceira da nossa proposta.
  • O MARKETING CULTURAL precisa considerar todas as etapas do Ciclo da Produção Cultural: a inspiração que se transforma em idéia, a idéia que é planejada e vira um projeto, o projeto que passa por uma estratégia de marketing para chegar ao mercado, a negociação até o contrato, a produção (equipe, capacidade de realização, melhor época de realização, local, etc) e o planejamento da mídia, para chegar ao público que deseja atingir, cujo perfil deve ser conhecido antecipadamente e com a máxima clareza.
  • MARKETING CULTURAL é uma estratégia de troca: troca-se recursos de patrocínio por retorno institucional (e também por abatimentos nos impostos da empresa, quando se utilizam as leis de incentivo fiscal à cultura). A empresa, ao fortalecer sua imagem pela simpatia que estabelece com o público e a sociedade em geral, também aumenta a venda de seus produtos ou serviços.
  • Muitas vezes o caminho para se chegar a uma empresa é indireto. É preciso saber quem influencia quem decide. Para quem a empresa não pode negar um pedido de atendimento? Um cliente? Um revendedor? Se você desejar obter tinta para pintar um prédio histórico, não peça diretamente à fábrica. Associe-se primeiro à maior loja de tinta da sua cidade. Lembre-se: é a loja que vende tinta. Sua influência pode ser decisiva.
  • Responda rápido. O que é mais fácil: chegar numa grande empresa de petróleo sozinho com seu projeto para buscar patrocínio ou ir acompanhado do proprietário de uma rede de postos de gasolina?
  • Como ser recebido numa empresa para apresentar um projeto? Primeiro: telefone. Você vai se surpreender ao saber que, em muitas empresas, o executivo que decide atende diretamente e marca os encontros. Segundo: passe um E-mail; pode funcionar. Terceiro: busque algum conhecido que trabalhe lá e vá indicado por ele. Mas procure sempre estabelecer um encontro. Nada como olho no olho e cara a cara, para se viabilizar um projeto.
  • Antes de tudo, procure iluminar seu projeto. Lembre-se: um projeto é uma idéia, uma proposta (um sonho) na forma de papel. Como ele ainda não foi realizado, é um produto imaterial, não pode ser testado antes de ser comprado. É preciso que esta idéia, cheia de energia positiva, apareça, ganhe vida e força para acontecer. Registre-a e mostre-a para que ela vá ganhando presença no inconsciente coletivo das pessoas.
  • A apresentação visual do seu projeto é fundamental, assim como a objetividade da sua proposta. Não escreva uma tese. Deixe os textos longos para um segundo momento. Não faça poesia. Não procure mostrar erudição. Ao apresentar uma proposta de um espetáculo teatral, leve sempre o texto da peça numa pasta à parte e saiba perceber o momento propício de apresentá-lo.
  • Não confie muito num patrocinador que estiver interessado apenas em projetos enquadrados nas leis de incentivo e que não deseja nem conhecer o conteúdo do seu projeto. Pode estar certo que mais adiante o seu prejuízo será grande.
  • O caminho consciente para a viabilização de um projeto não é aquele que vai da emoção para o público, do público para mídia e da mídia para o mercado. Este sentido torna seu projeto vazio de conteúdo e identidade. O caminho da arte é duro – parte da emoção, da visão, para o planejamento e depois para o mercado, de forma a despertar a mídia e o público.
  • Todo projeto se viabiliza através de uma Rede de Parcerias. Forme a sua.
  • Para um empresário do tipo “perfeccionista”, saiba que ele vai tentar alterar, mesmo que seja em pequenos detalhes, o seu projeto – de forma que fique como ele gostaria que fosse. Afinal, “quem conhece a empresa é ele”.
  • Não é necessário mudar o conteúdo de um projeto para atender a um patrocinador. As mudanças que podem acontecer referem-se à forma de apresentação do projeto, à inserção de retornos, detalhes do plano de mídia e outros relativos aos interesses diretos do patrocinador – mas nunca interferem diretamente na criação.
  • Coloque sempre no seu projeto esta afirmação: “estamos abertos para discutir outras formas de retorno de interesse da empresa”.
  • Diante de qualquer projeto que você deseja viabilizar no mercado é necessário perguntar: “O que este projeto tem a ver com a minha trajetória e experiência de vida?” Caso seja realmente vital para você, então com um pouco de conhecimento do mercado, apoio de profissionais e constituição de uma rede de parcerias, com toda certeza ele será viabilizado. Lembre-se que sonhar é construir no futuro.
  • Lembre-se sempre: quando acreditamos realmente em alguma coisa com benefício social, todos colaboram para que ela aconteça.
  • O profissional de marketing cultural e cultural marketing é o artista do mercado. Ele precisa conhecer bem o projeto, os proponentes, artistas, a obra em pauta, as etapas de produção, a mídia necessária e possuir relacionamentos com empresários. Deve estar sempre atualizado com as oportunidades de negócios do mercado. Precisa ler revistas empresariais que falam das questões internas e os produtos de potenciais patrocinadores. Deve conhecer os prazos para apresentação de projetos nas empresas e muito mais. Não é uma pessoa fria, muito pelo contrário: deve ter sensibilidade total – da poesia à lógica de venda.
  • Este é um mercado no qual não se trabalha sozinho. Um projeto cultural na gaveta, dificilmente sai dela por demanda de mercado. Ninguém vai ligar para um poeta perguntando: “Por acaso você tem aí em casa um conjunto de poemas para publicar um livro?” Um projeto acontece através de redes: você envolve com a sua fé uma dezena de pessoas que, por empatia com o projeto, sensibilizam outras, até que uma energia luminosa se condensa numa cadeia produtiva e aí começam as coincidências (que não são coincidências): alguém o procura; uma pessoa que você há muito tempo não vê, telefona; um amigo de infância assume a gerência de marketing de uma empresa patrocinadora e assim vai acontecendo o seu projeto.
  • Nunca despreze sua agenda de telefones, inclusive aquela antiga. Tenha sua agenda organizada, saiba onde estão as pessoas. Crie sua rede de contatos. O Senhor Nélio Botelho, líder dos caminhoneiros, faz uma greve nacional, falando apenas com 150 líderes, que por sua vez mobilizam milhares.
  • Para uma boa prestação de contas ao Poder Público, de um projeto que utilizou as leis de incentivo, é necessário pensar na administração dos recursos desde a elaboração do orçamento. Saiba que a “Consolidação Bancária” (transcrição do extrato da conta do projeto com informações sobre entradas e despesas) é que será avaliada pelos órgãos de governo.
  • A identidade cultural brasileira é o nosso melhor negócio. Projetos neste sentido ganharão força nos próximos dez anos. Toda moeda tem duas faces: a cara e a coroa. A coroa representa os recursos e a cara a nossa cultura e a nossa identidade. Não haverá desenvolvimento sem os dois lados da moeda.
  • Caso você esteja começando no mercado e pensa que seu projeto, por exemplo, de uma peça de teatro, não será nem analisado por um patrocinador, existem duas saídas. Em primeiro lugar, não tenha este preconceito, pois novos talentos são cada vez mais alvo das empresas patrocinadoras; em segundo, se este for o impedimento, convide um ator ou diretor conhecido para apresentar seu projeto. Escreva na capa “Alberto Roberto apresenta: O Grupo Novo de Teatro” e vá em frente.
  • A melhor época para apresentar um projeto a patrocinadores é de agosto a novembro, período no qual eles estão pensando nos investimentos de marketing que farão no ano seguinte. Embora seja grande o número de empresas recebem projetos ao longo de todo o ano. Saiba qual o melhor período para apresentar projetos a cada uma. Algumas empresas estão passando a receber projetos via INTERNET e outras contratando profissionais do mercado para analisar previamente projetos, segundo critérios pré-estabelecidos. Nunca se esqueça de que cada caso é um caso.
  • A maioria das empresas não possui um Plano de Marketing Cultural ou critérios objetivos de patrocínio. Isto torna o mercado muito aberto. O Perfil de Empresas Patrocinadoras poderá facilitar seu trabalho neste sentido.
  • O mercado cultural ainda é muito desunido – e isto é ruim. Procure formar redes de parceria, precisamos ser mais profissionais, com ética, sem qualquer prejuízo para as obras ou para nossos artistas. Não tenha preconceito quanto ao “mercado cultural” – ele é o lugar onde vendemos ingressos, quadros, livros, buscamos apoios e patrocínios.
  • O mercado cultural vai muito além do que se imagina: ele possui interfaces com o turismo cultural, gastronomia típica, educação, área social, ciência e tecnologia, urbanismo, lazer, saúde, comunicação, artesanato e muitas outras áreas indispensáveis ao desenvolvimento humano, econômico e social.
  • Um projeto cultural com interface social pode fornecer ao patrocinador, além de incentivos fiscais, mídia espontânea e benefícios definitivos para as pessoas envolvidas, como o desenvolvimento da criatividade, auto-estima, relacionamento e segurança. Um projeto apenas social não oferece tudo isso e pode cair no paternalismo filantrópico.
  • Patrocinadores da construção civil preferem patrocinar livros sobre os bairros e as cidades onde possuem negócios. Também atuam na restauração de patrimônios históricos. Tais critérios têm coerência. Os livros aproximam a empresa dos moradores e a preservação de patrimônios históricos, além de utilizar os mesmos materiais que eles utilizam na construção (identidade), agregam valores de idade (credibilidade) memória e história às suas marcas.
  • Ao patrocinar novos talentos, uma empresa agrega à sua marca o valor de quem sabe “apostar no futuro”.
  • Algumas empresas preferem o teatro pela possibilidade do marketing de relacionamento, ou seja, poder realizar apresentações fechadas com seus clientes..
  • Um patrocinador do tipo autoritário, daqueles que possuem uma mesa grande com fotos suas e diplomas na parede, antes de ler o seu projeto, vai querer saber quem lhe indicou, que interesses possui nesta pessoa ou instituição. Patrocinará para aumentar seu poder e negócios, ou por uma amizade fiel. Não abaixe a cabeça ao dialogar com uma personalidade autoritária que fala alto e é agressiva. Fale no mesmo tom.
  • Saiba sempre que um “não” ao seu projeto não significa nada; é apenas um sinal corretivo de rumo para uma nova apresentação.
  • Você nunca saberá se um patrocinador vai lhe receber se você não for procurá-lo. Certo?
  • Finalmente, nunca se esqueça: o objetivo maior de um artista é a conquista do seu público. Estude tudo que existe sobre mobilização de pessoas, conquista e fidelização de clientes. Ter público é ter mídia. E se você tiver público e mídia, os patrocinadores baterão à sua porta. Nenhum projeto resiste se depender apenas de patrocínio.



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Guia do imprevisto


A capacidade de resolver imprevistos está relacionada a organização das etapas de pré-produção, por isso existe um mito de que o produtor executivo deve resolver tudo o que acontece no momento do evento. Na verdade, resolver todos os imprevistos não é obrigação do produtor, mas normalmente ele é a única pessoa disponível para resolver os problemas, então devem estar preparados.

O produtor cultural, se possível, deve ir até o local e pesquisar informações a fim de criar um guia com uma série de informações uteis, que poderá ajudar caso ocorra algum imprevisto no momento. Essas informações são, basicamente:

- deslocamento: tenha um mapa das ruas e saiba o sentido do trânsito. Saiba também onde localizar rapidamente táxi e pontos de ônibus.

- dinheiro: boa parte dos imprevistos que surgem são resolvidos com aquisição de algum produto ou contratação de algum serviço. Mesmo que você tenha levado uma quantia de dinheiro para produção, é importante saber onde poderá sacar mais dinheiro caso seja necessário;

- comunicação telefônica: quase todos os imprevistos são resolvidos através da comunicação. Logo, se você não possui um telefone celular à sua disposição, saiba se você terá no local do espetáculo um telefone à sua disposição.

- internet: se não estiver utilizando um laptop com internet móvel, saiba onde ficam cybers café ou lan houses e respectivos dias e horários de funcionamento.

- saúde: todo mundo pode ter repentinamente uma dor de cabeça, sofrer pequenos acidentes, contrair alguma infecção. Saiba a localização das farmácias mais próximas (e respectivos horários de funcionamento), hospitais de pronto atendimento, postos de saúde e como acessar serviços de emergência.

- alimentação: muitas vezes é necessário produzir um pequeno camarim ou providenciar um lanche para uma equipe. Saiba a localização de supermercados e lojas de conveniência.

- ferragem: é muito comum "na última hora" você precisar materiais como fitas adesivas, elementos de fixação como pregos, parafusos, barbantes, material elétrico, etc. Saiba a localização de ferragens ou lojas de materiais de construção.

Se tiver em mãos um guia com estas informações, poderá resolver uma série de problemas que surgem de última hora com mais tranquilidade.

Fonte:
Produtor Cultural Independente

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